Nem precisamos dizer que o veneno de cobras como a mamba-negra (Dendroaspis polylepis), a cascavel (Crotalus durissus) ou a taipan-costeira (Oxyuranus scutellatus) podem ser letais, certo? Pois um norte-americano chamado Tim Friede não só levou mais de 200 picadas dessas e outras criaturas igualmente perigosas voluntariamente, como injetou nele próprio as toxinas desses animais mais de 700 vezes, mesmo sabendo que corria sérios riscos de morrer. Por quê? Para ajudar cientistas a desenvolverem um soro antiofídico universal – e evitar que milhares de mortes decorrentes de picadas de cobras aconteçam todos os anos no mundo.
Causa nobre ou loucura?
Já faz mais de 20 anos que Tim – residente de Wisconsin de 51 anos de idade que nunca foi à universidade e trabalhava como caminhoneiro antes de se transformar em cobaia humana – se dedica a esse projeto incrivelmente perigoso. A ideia consiste em levar picadas ou injetar em seu corpo as toxinas produzidas pelas cobras mais letais do planeta para, assim, desenvolver defesas imunológicas contra a ação do veneno. Coisa de louco e algo que jamais deveria ser feito? Sem dúvidas! Mas parece que o norte-americano conseguiu conquistar progressos com essa maluquice.
Este maluco levou mais de 200 picadas de cobra em nome da Ciência
quarta-feira, 19 de agosto de 2020